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Writer's pictureClarissa Ferreira

Episódio 10 - Bastidores


“Troquei a serpentina por Sumatra e não me arrependi”

O EPISÓDIO 10 da série “A Culpa é do Fuso” mostrou como foi a nossa viagem improvisada até Sumatra, na Indonésia, e também como pode ser interessante sair por aí sem destino certo.

Não sei se dá pra perceber pelo meu corte de cabelo e ar jovial, mas essa trip rolou long, long time ago! Tínhamos nos mudado para Cingapura há poucos meses apenas e esse seria o nosso primeiro feriadão disponível para uma viagem mais longa: o famoso e concorridíssimo Ano Novo Chinês (falamos dele no EPISÓDIO 1, lembra?). Tudo cheio, tudo caro, tudo escandalosamente inacessível, inclusive vôos e hotéis. O jeito foi improvisar e comprar a única passagem baratex que encontramos e, em poucos dias, nos vimos em Padang de onde seguimos para Bukittinggi e depois Lake Maninjau.

O Brasil estava em pleno carnaval. O primeiro carnaval longe da folia carioca! Nada de confete, serpentina, marchinha. O feriadão tinha a responsa de ser incrível pra me tirar da fossa de um fevereiro sem mamãe eu quero, alalaô e nem apito do índio.

A chegada em Padang assustou, pois o lugar já viu dias melhores. Possuía um charmoso distrito colonial que só conhecemos através de fotos na internet. Em 2009, um terremoto devastou a cidade que até hoje não se recuperou. Mas seguindo rumo à Bukittinggi e Lake Maninjau encontramos todas aquelas belezuras que vocês viram no episódio (se não viram, tão esperando o quê?).

(FOTO: André Garcia / Bukkitinggi)

Era a nossa primeira viagem com as câmeras novas e com o propósito de fazer registros e eu ainda estava um pouco desconfortável. Mas foi tão fácil interagir com as pessoas e arrancar sorrisos que eu já comecei mal acostumada, achando que em todo lugar seria assim.

Descobri logo de cara que a 5D, apesar de fazer as imagens mais bonitas (ok, eu tenho um fraco por profundidade de campo curta…), acaba intimidando um pouco as pessoas pelo tamanho da lente e fica mais difícil pegar reações que não sejam de surpresa oudesconfiança. Já a GoPro é um fenômeno! Todo mundo olha, todo mundo quer interagir e saber como funciona aquela geringonça. O resultado é ótimo e até hoje captamos imagens hilárias com ela.

(FOTO: Clarissa Ferreira / Maninjau)

Sem contar que, de cima de uma moto eu não saco a minha 5D por nada nesse mundo e é a GoPro que cobre tudo. Ainda não tínhamos nenhum acessório naquela época – como eu disse, tínhamos a-ca-ba-do de comprar as câmeras – e vocês podem reparar como as imagens saíram um pouco tremidas (sem contar o dedão que aparecia na frente toda hora e eu tive que acertar na pós…).

Então, fica a dica: nunca sem o monopé, povo! Eu comprei o meu (e outros tantos acessórios, já que a GoPro só existe pra levar embora o seu dinheiro!) assim que voltamos de lá! Mas pelo menos deu pra fazer alguns registros interessantes do rolé pelo Lake Maninjau!

Definitivamente, foi um ano que não teve carnaval. Troquei a serpentina por Sumatra e não me arrependi.

Quanto riso, quanta alegria!

(FOTO: Clarissa Ferreira / Maninjau)

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