Esta semana completa um ano do terremoto devastador que deixou mais de 8 mil mortos e milhões de desabrigados no Nepal. O maior desastre natural do país desde 1932 destruiu vilas inteiras em diversas localidades e também levou abaixo monumentos milenares. Mas, além de morte e destruição, o terremoto também deixou marcas profundas na indústria do turismo responsável pela maior fonte de renda externa do país.
Cinco meses após o desastre, as autoridades locais anunciaram que o Nepal estava de novo aberto ao turismo e que eram grandes os esforços para reconstruir sítios históricos e limpar as trilhas do circuito de montanhismo do Himalaia. E, de fato, tudo indica que os principais destinos turísticos estejam mesmo prontos para receber visitantes. A praça Durbar de Kathmandu, considerada patrimônio histórico da UNESCO e que sofreu danos severos por conta do terremoto, já está livre de destroços e aberta ao público, apesar de três templos emblemáticos não existirem mais. O vibrante bairro de Thamel, famoso entre mochileiros, segue a todo vapor e os relatos são de que continua tão caótico e colorido quanto antes do terremoto.
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Nas belas cidades de Patan e Bakhtapur, também no vale do Kathmandu, a maior parte dos monumentos e templos medievais ainda está de pé. Nas montanhas, as condições seguem otimistas. Autoridades (e turistas) garantem que, apesar do estrago em muitas vilas próximas ao epicentro do terremoto, as principais trilhas do circuito Annapurna e Everest estão seguras para mais uma temporada de escalada.
Se as notícias são boas para os turistas, para os nepaleses a vida segue difícil mesmo um ano após a tragédia. Por conta de um cenário político tenso e instável, a reconstrução do país tem sido lenta e desorganizada. Vilas remotas que foram totalmente destruídas por deslizamentos de terra após o terremoto, por exemplo, não receberam praticamente nenhum apoio do governo, mesmo com toda a ajuda financeira internacional dada após o desastre, segundo denúncias da mídia internacional.
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Enquanto as disputas políticas em relação a nova constituição deixaram os esforços de reconstruir o país em segundo plano, famílias lutam sozinhas para recomeçar do zero. E aí que entra o turista com um papel fundamental daqui pra frente. Cada visitante que for hoje ao Nepal e contratar os serviços de um guia, motorista ou sherpa, se hospedar em um hotel ou pousada e comer em um restaurante, vai estar ajudando diretamente a população local, que aguarda ansiosamente a retomada do ritmo dos negócios.
E caso você ainda não tenha se convencido de que esta é a melhor hora de visitar o Nepal, nós do projeto "A Culpa é do Fuso", dedicamos os próximos 4 episódios da nossa websérie exclusivamente ao país na tentativa de incentivar mais viajantes a se aventurarem por lá. Será que você é um deles?
Confira abaixo os mais recentes lançamento da série e corra para fazer as malas. Mais do que nunca, o Nepal precisa de você!